Intolerâncias, sensibilidades e alergias alimentares: glúten e leite

      Por Giovana Oliveira, Equilibrium Latam

Você sabia que aproximadamente 68% da população mundial possui algum grau de intolerância à lactose¹ e por volta de 1% dela possui intolerância ao glúten² (o que pode parecer pouco, mas corresponde a cerca de 79 milhões de pessoas)?
Assim, esse desconforto se mostra bastante prevalente e existem diversos problemas nutricionais que podem ser sua causa. Intolerâncias, sensibilidades e alergias alimentares compartilham sintomas comuns, mas seus impactos na saúde dos indivíduos são muito diferentes.

Saiba qual é a diferença entre intolerância, sensibilidade e alergia alimentar

A intolerância alimentar acontece quando o organismo não consegue digerir apropriadamente um determinado composto, devido a alterações na quantidade de enzimas ou na permeabilidade do intestino. Nesse cenário, os sintomas mais comuns são náusea, vômito, desconforto abdominal e diarreia.
Já a sensibilidade demora de 45 minutos a 3 dias para causar sintomas e é caracterizada pela superprodução de um conjunto de imunoglobulinas e liberação de proteínas inflamatórias, causando desconfortos gastrointestinais, alterações de humor e erupções na pele.
Por fim, a alergia é a mais agressiva ao organismo, pois esse não tolera o consumo daquele alimento e, por isso, a reação ocorre quase que instantaneamente. Nesse caso, quando uma pessoa alérgica entra em contato com um elemento alergênico, o sistema imunológico libera histamina e outras substâncias químicas, como a imunoglobulina E (IgE), o que pode causar falta de ar, coceira, inchaço e outros sintomas.
Entretanto, é importante ressaltar que, quem não possui nenhuma dessas condições, pode consumir tranquilamente tanto a lactose quanto o glúten, pois esses desconfortos são causados por alterações no organismo e não pelos compostos em si.

Gluten, lactose, milk free: uma tendência em crescimento

Segundo a Euromonitor, as vendas globais do mercado de produtos sem lactose movimentaram aproximadamente 6,8 bilhões de dólares até janeiro de 2023, e em relação ao mercado de produtos sem glúten houve um crescimento de 11,5% de 2020 para 2021, atingindo um faturamento de, aproximadamente, R$900 milhões.
Uma pesquisa realizada pela Schar, uma marca especializada no segmento sem glúten, com 1966 consumidores, revelou que 40% dos entrevistados não consomem o composto devido a alergia alimentar (Doença celíaca), 33% devido a sensibilidade, 14% por desconfortos causados pelo glúten e 10% para acompanhar a dieta de outros integrantes da família. Ademais, de acordo com a
organização Celiac India, a Doença celíaca e a intolerância ao glúten podem ser desenvolvidas em qualquer momento da vida, embora sejam diagnosticadas, na maioria dos casos, em crianças, quando o composto é primeiramente introduzido na dieta.
Outra pesquisa, da Novozymes em parceria com a MindMiners, mostrou que o Brasil ocupa o 26° lugar no ranking mundial no consumo produtos sem lactose. Além disso, 61% dos entrevistados disseram consumir alimentos 0% lactose em busca de uma alimentação mais saudável e 37% afirmaram que estão dispostos a pagar mais por isso.
Com esses dados, então, é possível perceber um crescimento nítido dessa nova categoria de alimentos e a demanda por produtos sem glúten e livres de leite, atendendo aqueles que são intolerantes, sensíveis, alérgicos, ou ainda, aqueles que evitam esses compostos no dia a dia.

Como a indústria de alimentos pode atender esse público?

O desconforto causado por problemas nutricionais em relação ao leite e ao glúten impedem que pessoas com essas condições consumam produtos do dia a dia, impactando na qualidade de vida. Portanto, é necessário que a indústria crie versões alimentos do dia a dia, a fim de incluir todos nos momentos das refeições e não deixar o mercado escasso para esse público. E esse movimento já vem acontecendo, veja alguns produtos que atendem à demanda das pessoas intolerantes, sensíveis ou alérgicas ao glúten ou leite:

Snacks sem glúten – Belive
A marca Belive conta com uma linha de snacks sem glúten, o que aumenta a praticidade da vida das pessoas com celíacas ou sensíveis. Afinal, a maioria dos snacks disponíveis no mercado possuem farinha na sua composição, ou seja, possuem glúten e não podem ser consumidos por uma parte da população.

Farinha sem glúten – Schar
A Schar possui em seu portfólio de produtos sem glúten a farinha multiuso, ingrediente chave para diversas preparações, o que aumenta muito a inclusão dos intolerantes, sensíveis ou alérgicos ao glúten em refeições do dia a dia.

Linha Zero Lactose e Leite A2 – Piracanjuba
A linha Zero Lactose da Piracanjuba oferece uma versão dos seus produtos mais populares de uma forma que indivíduos sensíveis ou intolerantes à lactose possam consumir e aproveitar.

Leite A2 – Piracanjuba
O leite A2 é um leite de vaca que contém apenas a variante A2 da proteína beta-caseína, tornando-se uma ótima alternativa para indivíduos que sentem algum desconforto gastrointestinal por consumo de leite de vaca não associado à lactose.

Glutezym – Maxinutri
A Glutezym, desenvolvida pela Maxinutri, é a primeira enzima feita no Brasil capaz de ajudar na digestão do glúten. Através da Protease de Aspergillus niger, a enzima facilita a digestão do glúten e ajuda pessoas que sentem desconforto ao consumir esse composto.

Chocolate 70% cacau com café liofilizado – Only4
O chocolate da Only4 é uma opção de doce vegano e sem lactose, podendo ser consumido com segurança por pessoas que possuam intolerância, sensibilidade ou alergia ao leite ou lactose.

 

 

Você já sabia da importância desse mercado?

Para saber mais sobre intolerâncias, sensibilidades e alergias alimentares ao glúten e ao leite
fique ligado nos conteúdos Planta Inovações Colaborativas!

 

Referências
¹ National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK)
² Organização Mundial de Saúde (OMS)

 

 

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