O FUTURO É SUSTENTÁVEL E DE ORIGEM ANIMAL

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O FUTURO É SUSTENTÁVEL E DE ORIGEM ANIMAL – Por Giovana Oliveira, Equilibrium Latam

O FUTURO É SUSTENTÁVE

L E DE ORIGEM ANIMAL: perspectivas do m

ercado de carnes cultivadas

A Organização das Nações Unidas para a Ali

mentação e Agricultura (FAO) estima que a demanda por carne vai aumentar em mais de dois terços nos próximo

s 40 anos e sabemos que o meio de produção não é nada positivo para o meio ambiente.
Assim, na tentativa

de reduzir os impactos negativos da produção de carne ao redor do mundo, a indústria alimentícia apostou em novas formulações e alta

 

tecnologia para desenvolver produtos alternativos e, neste meio, encontrou uma solução inovadora, sustentável e de origem animal: o cultivo de carnes feitas em laboratório.

A produção de carnes cultivadas

As carnes cultivadas são produzidas por bioengenharia, a partir do cultivo de células-tronco animais, coletadas sem a necessidade da criação e do abate. E aproveitando os processos naturais de multiplicação, diferenciação e maturação celular, é possível aumentar o número de células cultivadas e sua densidade, formando um tecido que replica o perfil nutritivo e o perfil sensorial de carnes bovinas, aves, peixes e frutos do mar.

Nesse sentido, a produção de carnes em laboratório se torna uma alternativa sustentável para o meio ambiente, já que não depende do uso abusivo de recursos naturais, disponibilidade de pastagem, produção de ração animal e desgaste do solo. Para ilustrar este cenário, a CE Delft, uma organização de consultoria e pesquisa especializada em desenvolver soluções inovadoras para problemas do meio ambiente, fez uma avaliação do ciclo de vida das diferentes formas de produção de carnes. O estudo releva que a carne cultivada é mais sustentável (cerca de 75%) em relação à produção de CO₂ e uso da terra e da água do que a carne bovina e tem um perfil de sustentabilidade semelhante ao de aves e suínos.

Além disso, a nova forma de produção de carne garante produtos livres de contaminantes, metais pesados, pesticidas e parasitas que podem oferecer risco à saúde humana através do consumo indireto.

Qual a perspectiva desse mercado no Brasil e no mundo?

O primeiro hambúrguer de carne cultivada foi desenvolvido em 2013, por uma equipe de universitários na Universidade de Maastricht, nos Países Baixos e custou cerca de 200 mil euros para ser produzido na época. Hoje, o grande desafio na produção das carnes de laboratório é imitar o ambiente muscular animal em que ocorre o crescimento das células de forma que a produção seja possível em escalas industriais, permitindo também que o produto se torne mais acessível.

É o que startups ao redor do mundo vêm trabalhando com a ajuda de grandes investimentos financeiros, como exemplo temos a holandesa Mosa Meat e a israelense Aleph Farms.

                                                                                                          Fonte: Aleph Farms

                                                                                                           Fonte: Mosa Meat

Segundo relatório da McKinsey, estimasse que em 2030 a carne cultivada poderá responder por até 2,1 milhões de toneladas de produção de carne em um ano e se tornará uma indústria de 25 bilhões de dólares. Vemos então que o mercado é promissor e vem ganhando grande destaque da indústria alimentícia no mundo.

E sim, a carne cultivada já é realidade no Brasil! Como um dos maiores exportadores de carne do mundo, nosso país conta com empresas de renome internacional para o desenvolvimento do mercado de produtos cultivados.

Assim, em 2021, a JBS, que está comprometida em ajudar a enfrentar o desafio global de alimentar uma população em crescimento de forma responsável, tornou-se a principal acionista da BioTech Foods, uma desenvolvedora de carne cultivada, e anunciou a construção do primeiro centro de Pesquisa & Desenvolvimento voltado para o estudo desta proteína alternativa no país. De forma semelhante, a BRF, outra gigante brasileira na produção de alimentos, assumiu parceira com Aleph Farms para trazer ao mercado brasileiro a carne cultivada da startup israelense em uma iniciativa que deve arrecadar cerca de R$ 100 bilhões até 2030. E, mais recentemente, nas primeiras semanas de 2022, a primeira startup brasileira voltada ao desenvolvimento de carne cultivada de peixe, a Sustineri piscis, foi apresentada e já mostra sucesso na bioprodução das espécies robalo, linguado, cherne e garoupa.

Por fim, podemos concluir que o mercado de carnes cultivadas contribui com a causa ambiental que vem ganhando força nos últimos anos e já é importante na
solução dos problemas da cadeia de abastecimento de alimentos no mundo. Você já tinha conhecimento deste mercado tão inovador? Sabia que já era uma realidade tão tangível assim?

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Créditos Equipe Equilibrium Latam

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