O novo desafio do varejo e a exposição de produtos plant based

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Olá pessoal, tudo bem?

O novo desafio do varejo e a exposição de produtos plant based

Já vimos aqui que o mercado de alternativas vegetais vem crescendo de forma exponencial no Brasil e no mundo, o que fica ainda mais evidente quando olhamos para os números:

✓ Crescimento de 51% de bebidas vegetais no Brasil em 2018;
✓ O mercado dos substitutos de carnes movimentou mais de 19 bilhões de dólares no mundo nos últimos dois anos,
✓ Aumento em 150% das buscas por “carne vegetal” de brasileiros no Google entre 2015 e 2019;

Esses números nada mais são do que o reflexo de um consumidor cada vez mais ávido por novidades e interessado em eliminar ou reduzir alimentos de origem animal do seu dia a dia: 19% dos Brasileiros estão interessados em iogurtes vegetais segundo a Mintel e 29% estão reduzindo ou querendo reduzir o consumo de produtos de origem animal, segundo o Good Food Institute.

Mas você já parou pra pensar no desafio que essas categorias plant-based trazem aos varejistas? Onde deveriam ficar os substitutos de carnes? Em uma seção inteiramente dedicada à alimentos plant-based ou junto às carnes? O mesmo se aplica às bebidas vegetais, iogurtes e outras categorias desse segmento? A grande questão é que, por se tratar de um desafio tão novo, ainda não existe um modelo ideal a ser seguido, porém temos observado algumas apostas já sendo praticadas.

Nos Estados Unidos, a Beyond Meat, em uma tentativa de competir diretamente com a carne bovina e outras de origem animal vem incentivando os varejistas a posicionarem seus produtos mais próximo à da seção de carnes refrigeradas, mas nem sempre tem obtido sucesso e em alguns casos estão junto da seção vegana. No Reino Unido, a Tesco, maior rede de supermercados do país, aposta na dupla exposição. Eles não só possuem corredores vegetarianos, como também expõem as ‘carnes’ vegetais no corredor de
carnes.

Aqui no Brasil, a recém lançada Linha Incrível da Seara segue um caminho similar ao praticado lá fora. Segundo Gabriela Junqueira, Gerente de marketing da Linha Incrível, “Tentamos posicionar os nossos produtos nas gôndolas próximas aos produtos de
referência para ser uma alternativa além da proteína animal. É muito importante gerarmos trial e experimentação e oferecer ao consumidor um jeito novo de sentir sabores incríveis”. A rede Pão de Açúcar, em 2019, após quatro meses de comercialização dos hambúrgueres à base de plantas, anunciou que os mesmos já representavam 30% da venda bruta total dos hambúrgueres congelados comercializados pela rede em São Paulo. Esse sucesso impulsionou a criação de freezers exclusivos identificados como “Feito de Plantas”, com itens “plant based” do segmento.

O que observamos é que os varejistas tentam se adequar e acabam contribuindo muito para fomentar tendências ao facilitar a localização dessas opções em suas lojas. Se no quesito alternativas à carne ainda há muita incerteza, no de bebidas vegetais, categoria um pouco mais madura, o cenário é mais concreto. Embora disponibilizadas em gôndolas bem sinalizadas, já é mais comum observar as bebidas vegetais próximas aos leites de vaca, assim como os iogurtes e os seus similares à base de coco ou castanha de caju, por exemplo.

Independentemente de se criar um corredor ou ala específica para esses produtos, fato é que denominá-la com termos como ‘vegano’ ou ‘vegetariano’ parece não ser uma boa saída. Isso porque ao fazê-lo, todos aqueles que não se identificam com o veganismo ou vegetarianismo – ou seja, 84% dos brasileiros segundo o Ibope (2018) – entenderão que aqueles produtos não são para eles e com isso, não se sentirão convidados a experimentá-los. Inclusive, uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Morning Consult (2018) mostrou que entre 21 dizeres de rotulagem de alimentos e bebidas, o termo ‘vegano’ foi o menos atrativo segundo os entrevistados, sendo ‘fresco’ ( ‘fresh’ ) o mais atrativo da lista. Enquanto ‘vegano’ tem conotações de exclusividade e o que você não pode comer, o termo ‘plant-based’ ou ‘feito de plantas’ parece mais inclusivo e familiar e é visto mais como uma ampliação do que como uma restrição.

Diante disso, um dos fatores essencial para o crescimento contínuo da categoria é garantir que os consumidores possam encontrar mais facilmente os produtos à base de plantas quando fizerem suas compras. Segundo o Good Food Institute, no futuro teremos um departamento de proteínas, em que todas as opções de proteínas estarão em um só lugar, dando aos consumidores fácil acesso tanto às opções de origem animal quanto às de plantas. E para você, o que seria mais conveniente?

Autora: Cynthia Antonaccio

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