O que quer o potencial consumidor de alimentos plant-based?

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Olá pessoal, tudo bem?

O que quer o potencial consumidor de alimentos plant-based

A principal motivação que faz crescer o apetite do consumidor por alimentos plant- based não é a preocupação com o planeta ou a causa animal, tampouco o fato de se tornarem vegetarianos ou veganos. É o hábito de um novo perfil de consumidor: o FLEXTARIANO ou REDUCITARIANO, que busca apenas reduzir o consumo de carne e leite e derivados em prol da saúde. 

No Brasil, 14% se declaram vegetarianos, segundo dados da pesquisa do IBOPE com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) de 2018. No entanto, já são 29% de brasileiros reduzindo ou querendo reduzir o consumo de produtos de origem animal, de acordo com a pesquisa do The Good Food Institute (GFI), que entrevistou nove mil brasileiros, de diferentes regiões. Para vegetarianos e reducitarianos, a saúde é o principal fator decisório: 59% dos brasileiros que querem reduzir o consumo de carne, tem a preocupação com a saúde como principal fator. 

Estes dados acompanham o que acontece no mundo: outra pesquisa realizada pela New Nutrition Business (NNB) identificou que 20% dos espanhóis, americanos, ingleses e australianos possuem o desejo de reduzir o consumo de carne, entretanto, apenas 8% são vegetarianos. 

Flextarianos ou reducitarianos representam uma ampla oportunidade, junto com vegetarianos e veganos. Enquanto os flextarianos tendem a ser mulheres mais velhas, de acordo com a publicação “Plant Proteins” da Mintel, os veganos e vegetarianos, em geral, são jovens que estão adicionando mais plant-based às suas dietas. O período de transição que o consumidor leva até tornar-se vegano ou vegetariano é, em média, de 6 meses, como apontou o GFI. 

O que mais faz falta para vegetarianos e reducitarianos? A carne de vaca foi a mais citada em todos os grupos, seja como aquela que mais faz falta ou ainda como o produto que mais gostam na forma alternativa, seguida pela carne de porco e do leite e derivados. Não à toa, justamente os mercados de substitutos do leite e da carne que estão liderando em volume o mercado plant-based. Versões de bebidas à base de plantas contribuem com 40% do total de alimentos plant-based nos EUA, avaliado acima de 2 bilhões de dólares. 

Basta ser saudável? 

O que faz o sucesso da tendência plant-based é entregar a saúde almejada, acompanhando o desenvolvimento criativo e saboroso de produtos com proteínas vegetais alternativas. 

Na hierarquia das escolhas alimentares, uma adaptação da pirâmide de Maslow pela nutricionista Ellyn Satter, um alimento saudável será mais bem aceito se for recheado de sabor e novidade e os millenials, grande parte dos consumidores atuais, são exploradores de alimentos, ávidos por provar novos sabores e texturas. Além de gastarem boa parte da sua renda em alimentos prontos e práticos. Aliás, como colocou os respondentes da pesquisa do GFI, a tríade sabor, preço e conveniência movem o consumidor neste mercado. 

No quesito saúde, o que querem os consumidores ao consumir estes produtos com proteínas alternativas? Além da possibilidade de um maior consumo de vegetais, outros requisitos de uma alimentação saudável podem ser obtidos, como: 

  • Menor consumo de carboidratos ou substituição por carboidratos de grãos integrais;
  • Maior inclusão de proteínas em lanches intermediários – por meio de snacks de castanhas, por exemplo;
  • Diminuição do consumo de açúcar – especialmente para perda de peso – optando por snacks de frutas e vegetais; 
  • Redução da participação de lácteos na alimentação, visando maior conforto intestinal e os substituindo por bebidas à base de vegetais;
  • Redução do consumo de carne, pela digestibilidade e níveis de colesterol e gordura.

Passada a novidade, os fatores de saúde estão levando os consumidores ao questionamento sobre o nível de processamento dos produtos plant-based, assim como os tipos e quantidade de ingredientes presentes nas formulações. É aí que provavelmente reside o desafio atual: ter um produto elaborado com proteína alternativa, que seja saboroso, tenha poucos ingredientes e com um nível de processamento menor. Quem lançar primeiro certamente terá uma gama de consumidores crescentes. E mais: em tempos de crise global, este produto precisa ser competitivo em preço e conveniência. 

Um baita desafio! Quem ousa? 

Uma empreendedora e ex jornalista no mercado corporativo ousou. Gail Becker criou a Caulipower, uma marca de pizzas com massa à base de couve-flor que entrega vegetais, conveniência, naturalidade, menos carboidratos e muito SABOR (eu já provei, é surpreendente!) – tudo isso porque tem 2 filhos com intolerância ao glúten e, como não achou produtos bons no mercado, resolveu criar.  

Nos Estados Unidos, é a 8a marca mais vendida de pizza congelada e hoje também tem tortilhas, snacks, “frango” e “arroz” de vegetais em seu portfólio. Em 2018, suas pizzas alcançaram as vendas de Beyond Meat, uma das principais e primeiras marcas a criar substitutos de carne no mercado americano. 

Falando em substitutos de carne… a categoria que explodiu no mercado em 2019!  No próximo texto vamos explorar mais quais são as categorias mais procuradas e  promissoras dentro do universo plant-based e seus números. Te aguardo!

Autora: Cynthia Antonaccio

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