Por que inovar em alimentos e bebidas?

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Olá pessoal, tudo bem? 

Por que inovar em alimentos e bebidas?

 A nova era digital, os novos questionamentos e valores consumidores da geração Y e X, que buscam transparência e trazem uma confiança abalada em relação à produção e processamento de alimentos, tem feito com que as indústrias de alimentos e bebidas busquem a reinvenção de suas categorias.  Nem sempre a velocidade é a esperada pelo consumidor, mas já é pulsante no Brasil, principalmente no mercado de saudáveis.  Segundo a Euromonitor International, o consumo de alimentos saudáveis, que já vinha ganhando força entre os brasileiros, foi acelerado pela pandemia. Em 2020, as vendas desses produtos – que incluem de produtos sem glúten ou com menor teor de sódio a orgânicos certificados – atingiram R$ 100 bilhões no País.

Vivemos um momento ampulheta. Parece que agregar valor faz a diferença, seja trazendo um produto mais saudável ou indulgente de um extremo, ou um custo mais baixo ou promocional de outro. O que não pode é ficar no meio termo, que não cresce. Para exemplificar, enquanto o mercado de sucos 100% cresce 10% e o de refrescos em pó 1.5%, o de nectar reduz em 11% (Euromonitor, 2021), Da mesma forma acontece para geração de valor em pães, com o de pães especiais crescendo 174% (ABIMAPI) e o de bolos recheados 112% (ABIMAPI, Anuário 2021).

Pensando em agregar valor, e do ponto de vista nutricional e de saúde, algumas frentes que podem contribuir para passos ceteiros na inovação e na comunicação.  

  1. Observar o que é valor para o os consumidores Y e Z
  2. Contexto cultural
  3. Legislação vigente
  4. Evolução da ciência
  5. Opinião de influenciadores e formadores de opinião em saúde

Será possível conciliar todos esses fatores e ainda assim oferecer algo gostoso e acessível ao bolso das pessoas? Parece uma equação difícil e um desafio a ser cumprido, mas com foco e bom planejamento, é possível sim! É aí que percebemos a importância de uma agenda de inovação bem estruturada nas empresas, independentemente do seu porte. Engana-se quem pensa que inovação se faz apenas nas startups do Vale do Silício ou nas gigantes multinacionais e que se limita ao desenvolvimento de novos produtos – a inovação pode incluir diferentes processos e serviços oferecidos pela empresa, novas embalagens, extensões de linha, uso de ingredientes inusitados e formas de se comunicar com seus consumidores. Veja alguns exemplos:

  • Embalagens sustentáveis: a startup Evoware (https://www.newplasticseconomy.org/innovation-prize/winners/evoware), com sede na Indonésia, está lançando uma matéria-prima ecológica como um substituto de plástico para suas embalagens. Sua produção não requer fertilizantes e, na verdade, absorve CO2 durante o crescimento. A embalagem comestível inovadora da Evoware (que contém fibras, vitaminas e minerais) já é usada pelo fabricante belga de waffles finos Bruxelwaffle. É uma inovação bem-vinda num contexto em que os consumidores e influenciadores se tornaram ativistas da saúde planetária, se disponibilizando a pagar mais por isso, bem como influenciadores
  • Ingredientes: Seguindo a tendência do plant based que já discutimos muito aqui no Planta, a empresa americana AKUA (https://akua.co/) lançou o primeiro hambúrguer à base de algas – o Kelp Burguer, feito com ingredientes integrais e a base de algas cultivadas no oceano. O universo plant based desafia a cultura alimentar baseada em carne, impulsionado pelos valores da geração Y, e numa escolha alimentar que vai além da saúde e se torna um ato político.
  • Comunicação: De forma a tornar o contato com o consumidor mais íntimo, a Nestlé lançou um novo perfil no Instagram, A Iogurteria (https://instagram.com/aiogurterianestle). A plataforma conta com influenciadores e pessoas midiáticas que compartilham experiências pessoais e trazem diálogos sobre alimentação saudável. Também convida o consumidor para uma conversa leve sobre a categoria de iogurtes e como ela pode ser utilizada na rotina diária, com dicas e receitas do mundo dos iogurtes da Nestlé. A necessidade deste consumidor de pertencer a grupos e comunidades com os mesmos valores e propósitos torna propicio estas iniciativas.

Diante disso, aquelas empresas que têm uma compreensão clara e contínua das necessidades do consumidor e do mercado em que estão inseridas, poderão se destacar como negócios fortes e sustentáveis. Mas será que sabemos quem são nossos consumidores? Nos aprofundaremos nesse tema mais adiante, mas de maneira geral, uma inovação que gere valor para determinado público, não necessariamente será bem-sucedida com outro perfil de indivíduos, com comportamentos e desafios diferentes. Por isso é essencial conhecermos o nosso público e suas necessidades – seja por meio de pesquisas disponíveis e/ou customizadas, ou até mesmo indo a campo e fazendo o seu próprio estudo exploratório, por meio de conversas, visitas ao ponto de venda e observações, que podem surpreender e gerar insights riquíssimos!

Quer inovar na sua empresa e não sabe por onde começar? Um bom ponto de partida é eleger alguém para liderar essa agenda e manter vivas todas as iniciativas necessárias, além de acionar os parceiros – sejam eles internos ou externos – certos para cada momento! Como alternativa, contar com parceiros, como agências ou consultorias especializadas, que possam guiar essa jornada são uma ótima forma de não deixar a inovação morrer no primeiro workshop proposto para o time.

Conta pra gente, qual é o principal desafio que enfrenta na sua empresa e te impede de pensar em inovação?

Autora: Cynthia Antonaccio – Fundadora e CEO da Equilibrium

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